Na hora de dar o toque final na construção ou reforma, é preciso pesquisar e escolher vários artigos de decoração. alguns itens geram muitas dúvidas, como é o caso das cortinas.
Curta, comprida, de qual material? Que cor? Translúcida ou opaca, que tipo de funcionamento? Esses são alguns dos questionamentos mais comuns que surgem na hora de escolher a cortinas para sua casa ou espaço de trabalho.
Em primeiro lugar, vamos conhecer os sistemas de abertura existentes no mercado:
Com varão:
Persianas:
Rolô:
Romana:
Painéis:
Conheça agora os elementos dos quais pode ser composta, uma cortina:
Considera-se cortina, o material principal, a maior parte e que costuma cobrir o vão da esquadria. Essa parte pode ser de qualquer modelo e sistema de abertura, de tecido ou de materiais rígidos, tanto horizontais quanto verticais.
Conformando a parte lateral, temos o cortinado ou reposteiro, geralmente feito de tecido, com um material mais pesado e mais opaco do que a cortina e geralmente de cor diferente dela.

O bandô ou galeria é o fechamento superior, que esconde o sistema de fixação da cortina. Podendo ser do mesmo material e mesma cor do cortinado. Tradicionalmente, sua altura não deve ultrapassar 1/8 da altura total da cortina. É apresentado em vários modelos e materiais, podendo ser lisa, de madeira, gesso ou outro material estruturado e forrada com tecidos ou outro material maleável. Também pode ser substituído por um varão em madeira, ferro, latão ou alumínio através do qual é fixado o tecido.

Temos o forro, para os casos em que precisamos isolar som ou luminosidade. Cortinas do tipo persiana e rolô já vêm com forro, mas quando utiliza-se cortinas de tecido, é preciso pensar em alternativas para ele. Os tecidos blackout são os mais usados para esse fim. Antigamente, os blackouts eram muito brilhantes, parecendo materiais plásticos. Hoje em dia, esse material vem com acabamentos mais refinados, como aveludados, funcionando como a própria cortina.

O varão, trilho ou caixa, são sistemas de fixação da cortina. O trilho é um perfil metálico por onde as corrediças da cortina (de tecido ou persiana vertical) correm, para que possa ser aberta e fechada. Podem ser simples, duplos ou triplos, dependendo da quantidade de elementos que a cortina possua. O varão, como a própria palavra já descreve, é uma vara horizontal, onde a cortina é pendurada. Ele fica apoiado sobre dois suportes, podendo, estes, ser do mesmo material ou de material diferente do varão. Para que o varão não caia dos suportes, utiliza-se acabamentos nas pontas do varão, as ponteiras. Elas também podem ser do mesmo material do varão ou não. A cortina rolô utiliza o sistema de caixa, dentro da qual fica escondido o rolo. As cortinas do tipo romana e a persiana horizontal dispensam a utilização de quaisquer desses sistemas, sendo apenas fixadas na parede.
Além desses, um elemento muito importante é o cortineiro, que fica embutido no gesso e, assim como o bandô, também funciona para esconder o sistema de fixação, mas ainda pode abrigar uma iluminação que destaque as cortinas.
E, por último, as abraçadeiras, que são presilhas usadas para manter as cortinas abertas ou conformando uma angulação específica.
Explicações explicadas, aqui vai um passo a passo para não errar na escolha e definir o melhor modelo de cortina pra você!
- Defina as prioridades
Em primeiro lugar você deve estar ciente do que é mais importante para você e que necessidades essa cortina precisa atender. Essa cortina precisa preservar a privacidade interna? Precisa deixar a luminosidade entrar ou deve criar um espaço escuro no interior? Precisa diminuir a poluição sonora ou deve permitir a passagem do som? Deve controlar a entrada ou perda de calor ou deve permitir a troca de ar? Deve valorizar ou esconder a esquadria? Precisa integrar ou dividir dois ambientes?
- Analise a esquadria
Alguns sistemas de abertura ou até formatos de esquadria necessitam de cortinas especiais, como é o caso de janelas em arco ou folhas com abertura para dentro do ambiente. Só isso já pode ser suficiente para descartar uma infinidade de modelos de cortina que não funcionarão para essa esquadria. Esquadrias muito estreitas podem ser disfarçadas com um cortinado fixo, colocado externamente aos limites da esquadria. Esquadrias altas, podem receber um bandô para ajustar sua proporção e janelas largas e baixas podem ser equilibradas, usando uma cortina do teto até o chão. Nesses casos, é preciso utilizar tecidos não tão transparentes, para que a luminosidade que passa através da esquadria não evidencie o seu formato através das sombras que irão incidir nos tecidos. Algumas esquadrias possuem requadros, ou seja, ficam totalmente embutidas, sem aquela moldura que abraça a parede, semelhante às usadas nas portas. São geralmente de alumínio, ferro ou PVC. No caso de requadros pode ser interessante usar cortinas com perfis laterais, por onde o fechamento corre, vedando totalmente o vão, sem deixar frestas e ficando totalmente ajustado ao tamanho do vão. No caso de um conjunto de esquadrias que não seja esteticamente agradável, você pode usar cortinas cobrindo a parede inteira, criando um painel homogêneo para escondê-las.



- Analise o ambiente
Fique atento a algumas características do ambiente que possam limitar ou dificultar a abertura e o fechamento das cortinas. Esquadrias em vãos de escada, por exemplo, são um desafio, pois, havendo mais de uma esquadrias, a altura do seu peitoril pode variar. (para quem não sabe, peitoril é a distancia entre o piso e a base da janela). um móvel abaixo dessa esquadria também dificulta a escolha. Nesses dois casos, uma boa opção é usar uma cortina horizontal que fique mais justa ao vão. Se a esquadria é muito alta ou o pé-direito é duplo, utilize barras (bainhas) também altas para melhorar a proporção e diminuir a sensação de amplitude exagerada. Você também pode criar faixas de cores diferentes, tanto no topo, quanto na base ou no centro da cortina para criar esse efeito. Usar uma barra em um tom mais forte que o corpo da cortina também pode ser uma boa estratégia. Um bandô também ajuda a equilibrar as proporções.

- Analise o usuário.
Fique atento também ao tipo de pessoa que usufruirá desse ambiente. Essa pessoa tem alguma restrição, como alergia a algum material ou alergia a pó? Nesses casos é preciso usar materiais específicos. Para pessoas alérgicas a pó, por exemplo, não são indicadas cortinas pesadas ou com tecido muito encorpado. Analise também a manutenção. Como e com que frequência será preciso efetuar a sua limpeza. Em ambientes comerciais e corporativos, por exemplo, fica difícil lavar as cortinas na maquina de lavar, por isso pode ser mais prático usar um material lavável com pano úmido. Em residências onde não há um funcionário encarregado da limpeza e os moradores têm pouco tempo, o ideal é que tudo seja de fácil e rápida limpeza, seja na hora de passar pano ou aspirador de pó, seja na hora de retirar e recolocar as cortinas no lugar para uma limpeza mais pesada. Eu sei que fica lindo, mas se você não tem tempo, esqueça as cortinas que arrastam no chão. Procure deixar 1cm entre o final da cortina e o piso, assim, ela se conservará limpa por mais tempo.
- Que atmosfera você quer criar?
Formal ou informal? Leve e fresco ou aconchegante e privativo? Tecidos como bom caimento e transparência, como toile de jouy, voil, seda e crepe, de preferencia de origem sintética, conferem um clima mais informal e leve. Com alguma estampa da mesma cor ou em tons diferentes do fundo, podem ter padrões alegres e até divertidos, sendo apropriados para quartos infantis. Padrões florais são super bem-vindos em casas de praia e de campo, assim como tecidos com fibras naturais, como linho, algodão, juta, que também ficam ótimos em ambientes descontraídos e rústicos. Já linhas verticais ou padrões geométricos trazem mais formalidade ao ambiente, assim como tecidos com brilho, como seda, cetim, adamascados e brocados. Tecidos com textura mais encorpada, como veludos, camurça ou cortizane conferem conforto ao ambiente e são ótimos isolantes termo-acústicos, sendo perfeitos para salas de cinema ou casas na serra. Tecidos como shantung, lugano e gorgorão são ótimos para compor a cortina, conformando as laterais e fechamentos superiores.



Dica de expert: a cada dia, a tecnologia da automação fica mais acessível, por isso, vale a pena investir nessa facilidade, principalmente se você tem cortinas muito altas. Além de facilitar sua abertura e seu fechamento, a vida útil dos trilhos e corrediças pode ser estendida em até 4x!
Dica 2: você pode optar por esconder ou evidenciar o trilho da sua cortina. Usar um trilho mais espesso de cor diferente do teto, casando com as cores da cortina fica charmoso e super contemporâneo! (experimente usar um trilho o preto!). Se for usar varão, você pode destaca-lo usando acabamentos diferentes como o dourado, modelos diferenciados, como varões de seção quadrada ou ponteiras ousadas e ainda usar ilhoses, argolas ou outro sistemas mais descolados, como laços e corda.
Dica 3: abuse das cores! Cortinas são peças versáteis com custo relativamente baixo, então, ao invés de usar um papel de parede colorido, opte por uma cortina colorida, que poderá ser trocada com facilidade, quando você se cansar dela! Mas lembre-se de não sobrecarregar o ambiente, pois uma cortina cobre uma grande extensão de parede. Diferentemente de uma almofada, que vai apenas dar um toque no ambiente, a cortina pode ser o foco de uma decoração, se for demasiadamente chamativa, então os outros elementos da decor não devem competir com ela!
Dica 4: se você gosta de costurar e pretende fazer sua própria cortina, fique atento à quantidade de tecido necessária para se ter um efeito bacana. Meça a largura da sua esquadria e decida que efeito quer criar:
Cortina com pouco volume: ideal para tecidos mais pesados e para ambientes pequenos – 2x a largura da esquadria
Cortina volumosa: ideal para tecidos leves com transparência e ambientes amplos com poucos móveis – até 4x a largura da esquadria.

Pronto! Agora você já tem um grande repertório e uma boa ideia do que é melhor para o seu ambiente! Mãos à obra! Visite as lojas e poste a sua escolha com a hashtag #catabilaajuda. Se ficou com alguma dúvida, deixe um comentário e eu terei prazer em responder! Um beijo e até o próximo post!
5 comentários em “Como escolher a cortina ideal?”